sexta-feira, 30 de abril de 2010

Estreias da Semana em SLZ: 30/04 - 06/05/2010

Homem de Ferro 2

Muito mais que consolidar o regresso de Robert Downey Jr. aos cinemas depois de sua última saída pela esquerda, a franquia 'Homem de Ferro' catapultou a existência de Jon Favreau em Hollywood. A sequência super aguardada conta com a musa (deusa, tetéia, substituta de Marylin Monroe na terra!): Scarlett Johansson. E o também reencarnado da fenix, Mickey Rourke. Em cartaz em 3 salas do Box Cinemas. Vamo ver, claro :)
                                     

Vida de Balconista

Antes de virar galã duplo (?) de novela e ainda durante a aventura de ser um Ligador, Mateus Solano atuou neste filme de baixo orçamento, feito pra celular (!), sobre um dono de locadora que sonhava em ser cineasta - just like Quentin Tarantino did. No elenco, Gregorio Duvivier, protagonista do simpático 'Apenas o Fim,' de Matheus Sousa. 'Vida de Balconista' é de Cavi Borges e Pedro Monteiro e está em cartaz no Cine Praia Grande, sessões às 16h, 18h e 20h.


Links úteis: 
Programação do Box Cinemas
Especial super caprichado de Homem de Ferro 2, no Omelete.
Links quase inúteis: 
O blog (desatualizado) do Cine Praia Grande.
Trailer de 'Vida de Balconista'

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Divagações de Tatooine

Todo mundo quer ter uma tatuagem. Mas acontece que poucos tem coragem de se ofertar à intrépida ação da agulha que costura tinta na pele. E depois, arrependimento, todo mundo conhece o gosto que tem. É como alguns erros definitivos que a gente comete na vida: são resistentes a borrachas da Faber, indiferentes a corretivos.
Mas a tatuagem parece uma cicatriz da juventude cravejada no couro. Um brasão do goldentimes. Se for mesmo assim, que será que a imagem desbotada pode contar depois de uns 40 anos de feita? Vou ser um sexagenário olhando pra minha tatuagem murcha no espelho, que me dirá bem assim, em sussurro: eu sou o que você fez da sua fase James Dean.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A destemida Nova-Alice venceria o Torneio Tribruxo

A primeira coisa a se desconfiar nesse novo filme de Tim Burton é o argumento. Pense junto: Alice agora tem 17 anos e está muito ocupada sendo adolescente, enquanto os adultos à sua volta arregimentam os últimos detalhes de seu casamento por conveniência. (A realidade dessa nova Alice parece uma história timburtizada da Jane Austen). Ela é então salva pelo gongo, quando, hipnotizada por um certo coelho branco, cai num buraco quase infinito que a despeja no famigerado País das Maravilhas. O que fez com que Alice tivesse que regressar a essa terra maluca? Nada. Ela simplesmente volta. Ok, agora com um pouco mais de força: ela volta porque os milhares de seres timburtianos de Wonderland são incapazes de derrotar a vil e desprezível Rainha Vermelha.
Eu brinco, mas a fragilidade do argumento faz com que o filme pareça uma daquelas continuações esquálidas, se comparadas ao original. E o é, de fato. Talvez até devesse se chamar ‘Alice no País das Maravilhas 2 – A Missão’. Só que com uma diferença gritante na margem de lucros.
Em se tratando da primeira adaptação da história tresloucada de Lewis Carroll (Disney, 1951) o aspecto que eu mais gosto é o fato de que todos os moradores do tal País são uma ameaça em potencial à Alice, uma vez que todos são instáveis, misteriosos, esquisitaços. Não dá pra saber se querem ajudar a garota a dar o fora dali, ou se querem que ela se ferre mortalmente. Isso, somado, claro, ao ‘Coeficiente LSD’ da trama e à vontade que temos de que Alice se dê bem, faz com que a história se torne muito atraente.
Infelizmente ou não, nenhum desses aspectos foi conservado na continuação. Dessa vez ninguém faz medinho pra Alice porque ela é uma espécie de The Chosen One (já ouviu isso?) e está predestinada a salvar o ‘reino’. Se é previsível? Nossa, muitão.
E na trilha da previsibilidade, continuo: mais uma vez, os detalhes primorosos do diretor estão presentes. Pode esperar por um show de direção de arte, figurino, Helena Bonham Carter cabeçuda, Johnny Depp, a metralhadora de trejeitos e mais um monte de olheiras.

Cortem-lhe a cabeça!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Semana 23 - 29/04/2010

Finalmente o trabalho mais recente de uma das parcerias mais lucrativas da história do cinema está em cartaz. Alice no País das Maravilhas de Tim Burton e Johnny Depp, já arrecadou mais de U$ 800 milhões em bilheteria até agora.
Em São Luís está em cartaz em três (porra) salas, uma das quais, claro, em 3D - com cópia dublada e legendada.



quarta-feira, 21 de abril de 2010

Postagem Teste - Piloto - Oi?

Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Sio incitavam  a falar exclamava:  — Ai! que preguiça!. . . e não dizia mais nada." Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém. E também espertava quando a família ia tomar banho no rio, todos juntos e nus. Passava o tempo do banho dando mergulho, e as mulheres soltavam gritos gozados por causa dos guaimuns diz-que habitando a água-doce por lá. No mucambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara. Porém respeitava os velhos, e freqüentava com aplicação a murua a poracê o torê o bacorocô a cucuicogue, todas essas danças religiosas da tribo.

(Trecho de 'Macunaíma', de Mario de Andrade)