O último TOP5 de 2010 é uma ode às vaginas. Nem precisa dizer que as resenhas buscam focar neste ponto particular ‘nus frontais femininos’ e que não é finalidade deste blogueiro diminuir a importância das obras então citadas, uma vez que... Ah, gente. Vamo ver as vaginas.
5 - Boogie Nights - Prazer Sem Limites (Boogie Nights, 1997)
Mark Wahlberg vive aqui um jovem pornstar conhecido como ‘Dick Diggler,’ graças a seus portentosos dotes bengalinos. Enquanto o filme vai dissecando a história da indústria pornográfica nos anos 70, somos alvejados por closes desavergonhados nos mamilos de Julianne Moore e mais um desfile de silhuetas provocantes. Não é necessário dizer que o talento de Paul Thomas Anderson jamais permite que a obra desague no vulgar, no gratuito. É provavelmente o seu melhor trabalho. (E nem precisava do nu frontal de Heather Graham, se equilibrando nas rodinhas do patins oldfashioned).
4 - Réquiem Para Um Sonho (Requiem For A Dream, 2000)
O filme alçou Darren Aronofsky definitivamente à categoria de um dos diretores mais talentosos da nova geração. Réquiem.. é um olhar sobre o vício a partir de diversas perspectivas. A montagem do filme, que responde aos estímulos alucinógenos dos personagens, faz com que o espectador tenha a impressão de que ele, o próprio filme, andou injetando heroína. É uma experiência de cinema raramente vista com tanta força e vigor. Infelizmente Ellen Burstyn, numa performance incrível, perdeu a disputa do Oscar para Julia Roberts. Não sem antes termos visto Jennifer Connelly muito a vontade, claro.
3 - Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971)
Não era exatamente intenção lembrar da icônica obra de Stanley Kubrick justo por este aspecto tão...pubiano. Mas a cena em que Billyboy e seus druguinhos estão prestes a praticar o velho in-out, in-out numa devotchka chorosa é particularmente traumática. É o palco de um Cassino abandonado e o corpo da moça está sendo maculado inveteradamente pelos risonhos meliantes. Primeira vagina que eu vi na tela.
2 - A Última Sessão de Cinema (The Last Picture Show, 1971)
A mocinha é levada a um antro de perdição. Uma festa à beira da piscina onde todos se encontravam inteiramente nus – forçando a jovem a desnudar seu corpinho virginal sob pena de ser tida como antiquada. A Última Sessão de Cinema foi um dos primeiros filmes da Nova Hollywood a adotar a franqueza européia da Nouvelle Vague e exibir nus frontais, sem drama. O beleza de Cybill Shepherd era tanta, que o diretor, Peter Bogdanovich deixou a mulher com quem era casado, Polly Platt (uma grande parceira na vida e nos filmes) e juntou as escovas com Shepherd – que a despeito da beleza hipnótica, estava longe de ser uma grande atriz. Ah, as vaginas.
1 - Fale Com Ela (Hable con Ella, 2002)
Sexo é um tema recorrente na filmografia do diretor espanhol Pedro Almodóvar. Fale com Ela é, no entanto, um dos exemplos de maior contenção erótica jamais encontrado em sua obra. Mesmo assim, não é de se estranhar que num joguete metalinguístico, Almodóvar tenha inserido neste filme um pequeno conto sobre uma cientista, Amparo, que está bolando uma fórmula pró-emagrecimento. O marido, Alfredo, um gorducho, toma a fórmula antes do teste final e vai minguando aos poucos (tipo com as pastilhas encolhedoras do Chapolin, vai vendo). Depois de alguns impasses, Alfredo decide morar dentro de sua mulher para todo e todo o sempre. Poesia intra-vaginal do mais fino brilhantismo.
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Este post foi produzido ao som de Faith no More e contou com a assistência do amigo Tiago Lipka, um especialista em filmes – e vaginas.
Até 2011 ;)