Mostra do Cinema Francês Contemporâneo: de 23 a 29 de abril de 2012.
Leia o texto de apresentação* de Jean-Michel Frodon, ex-diretor de redação da Cahiers du Cinéma, falando sobre o objetivo do evento e sobre os filmes que estarão em cartaz. *Retirado do material educativo que será distribuído durante a Mostra.
“Os oito filmes da Mostra
do Cinema Francês Contemporâneo não se parecem com os filmes do período da
Nouvelle Vague, exibidos em 2011 durante a Mostra 1959: O Ano Mágico do Cinema
Francês. São filmes de hoje, filmes dos anos 2000. No entanto, todos poderão
perceber que a energia, a audácia formal, a aventura narrativa, a
disponibilidade para novas fisionomias e novos corpos, a crença na força do
documentário, o jogar com diferentes gêneros de cinema, a alegria de filmar –
todas características da Nouvelle Vague – se encontram ao longo desta mostra
temática.
A Mostra constitui uma parceria
do SESC com a Embaixada da França, divulgando oito recentes e premiadas
produções do cinema francês. Do cantante “La France” (A França) ao noir Meurtrières (Assassinas),
do documentário intimista e capaz de questionar o século Retour em “Normandie” (De Volta à Normandia) ao drama vibrante
de “Le dernier des fous” (O Último dos Loucos),
as tonalidades são tão variadas quanto os territórios e épocas evocados.
Essa diversidade de estilos e de
temas responde à exigência, cada vez maior, de um desejo de cinema, de um
impulso em direção aos personagens, aos espaços, às idéias.
Contra a tendência dominante de
formatação, que leva a filmar tudo da mesma para se adequar a uma grade de
programação industrial, a arte do cinema encontra aqui seu jorro impetuoso, que
está na agilidade e na sensualidade de Isild Le Besco, a heroína de “A tout de
suíte” (Até Já); na escuta atenta e
solidária de Nicolas Philibert; nos três jovens intérpretes de “Tout est
pardonné” (Tudo Perdoado); ou ainda,
de forma tão diferente, em “L’esquive” (A
Esquiva); na inteligência das situações trágicas que assombram “Bled Number
One” (Povoado Number One); nas
vertigens de Le dernier des fous (O Último
dos Loucos) e nas de “Meurtrières” (Assassinas).
Assim, sem se repetir e,
sobretudo, não buscando imitar seus antecessores, o espírito da Nouvelle Vague
permanece vivo".
-Jean-Michel Frodon
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