quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

TOP5 - Vaginas

O último TOP5 de 2010 é uma ode às vaginas. Nem precisa dizer que as resenhas buscam focar neste ponto particular ‘nus frontais femininos’  e que não é finalidade deste blogueiro diminuir a importância das obras então citadas, uma vez que... Ah, gente. Vamo ver as vaginas.

5 - Boogie Nights - Prazer Sem Limites (Boogie Nights, 1997)

Mark Wahlberg vive aqui um jovem pornstar conhecido como ‘Dick Diggler,’ graças a seus portentosos dotes bengalinos. Enquanto o filme vai dissecando a história da indústria pornográfica nos anos 70, somos alvejados por closes desavergonhados nos mamilos de Julianne Moore e mais um desfile de silhuetas provocantes. Não é necessário dizer que o talento de Paul Thomas Anderson jamais permite que a obra desague no vulgar, no gratuito. É provavelmente o seu melhor trabalho. (E nem precisava do nu frontal de Heather Graham, se equilibrando nas rodinhas do patins oldfashioned).


 4 - Réquiem Para Um Sonho (Requiem For A Dream, 2000)

O filme alçou Darren Aronofsky definitivamente à categoria de um dos diretores mais talentosos da nova geração. Réquiem.. é um olhar sobre o vício a partir de diversas perspectivas. A montagem do filme, que responde aos estímulos alucinógenos dos personagens, faz com que o espectador tenha a impressão de que ele, o próprio filme, andou injetando heroína. É uma experiência de cinema raramente vista com tanta força e vigor. Infelizmente Ellen Burstyn, numa performance incrível, perdeu a disputa do Oscar para Julia Roberts. Não sem antes termos visto Jennifer Connelly muito a vontade, claro.


3 - Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971)

Não era exatamente intenção lembrar da icônica obra de Stanley Kubrick justo por este aspecto tão...pubiano. Mas a cena em que Billyboy e seus druguinhos estão prestes a praticar o velho in-out, in-out  numa devotchka chorosa é particularmente traumática. É o palco de um Cassino abandonado e o corpo da moça está sendo maculado inveteradamente pelos risonhos meliantes. Primeira vagina que eu vi na tela. 


2 - A Última Sessão de Cinema (The Last Picture Show, 1971)

A mocinha é levada a um antro de perdição. Uma festa à beira da piscina onde todos se encontravam inteiramente nus – forçando a jovem a desnudar seu corpinho virginal sob pena de ser tida como antiquada. A Última Sessão de Cinema foi um dos primeiros filmes da Nova Hollywood a adotar a franqueza européia da Nouvelle Vague e exibir nus frontais, sem drama. O beleza de Cybill Shepherd  era tanta, que o diretor, Peter Bogdanovich deixou a mulher com quem era casado, Polly Platt (uma grande parceira na vida e nos filmes) e juntou as escovas com Shepherd  – que a despeito da beleza hipnótica, estava longe de ser uma grande atriz. Ah, as vaginas.


1 - Fale Com Ela (Hable con Ella, 2002)

Sexo é um tema recorrente na filmografia do diretor espanhol Pedro Almodóvar.  Fale com Ela é, no entanto, um dos exemplos de maior contenção erótica jamais encontrado em sua obra. Mesmo assim, não é de se estranhar que num joguete metalinguístico,  Almodóvar tenha inserido neste filme um pequeno conto sobre uma cientista, Amparo, que está bolando uma fórmula pró-emagrecimento. O marido, Alfredo, um gorducho, toma a fórmula antes do teste final e vai minguando aos poucos (tipo com as pastilhas encolhedoras do Chapolin, vai vendo). Depois de alguns impasses, Alfredo decide morar dentro de sua mulher para todo e todo o sempre. Poesia intra-vaginal do mais fino brilhantismo.


***

Este post foi produzido ao som de Faith no More e contou com a assistência do amigo Tiago Lipka, um especialista em filmes – e vaginas.

Até 2011 ;)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

TOP5 - Super Trios

A combinação de três personagens principais, não necessariamente em triângulos amorosos, já rendeu ótimos roteiros. Vamos mais uma vez desviar dos exemplos óbvios como o brazuca metafísico Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto, 1976) ou do romântico Jules e Jim – Uma Mulher Para Dois (François Truffaut, 1962).

5 - Vida Bandida (Bandits, 2001)

A parceria dos ladrões Billy Bob Thornton e Bruce Willis já não andava muito bem das pernas, como nos tempos áureos. Mas os dois, recém-saídos da prisão, tramavam um último plano mirabolante a guisa de Cérebro e Pink, quando uma estonteante (e problemática) Cate Blanchett desponta super ruiva e sexy no roteiro. Vi o filme ainda no cinema – os anos pesando um bocadinho aqui nas costas.


4 – Os Sonhadores (The Dreamers, 2003)

À primeira vista, o filme de Bertolucci parece uma recompensa a quem ama o cinema. Ambientado no turbulento ano de 1968 das revoluções em maio e da Nouvelle Vague, a história, toda colorida com tintas autobiográficas, observa como a vida do americano Matthew (Michael Pitt, de Funny Games) se intercala com os irmãos gêmeos Isabelle (Eva Green) e Theo (Louis Garrel). Um vendaval de descobertas sobre cinema e sexo - às vezes, mais atraente no visual que nas ideias.

 
3 – Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day Off, 1986)

Um filme que resume uma geração inteira. É assim o clássico de John Hughes, ‘Ferris Bueller's Day Off’, de 1986 – este ano áureo. No entanto, o bon-vivant de Matthew Broderick não seria tão inesquecível sem a escuderia de seu amigo inseparável, Cameron Frye (Alan Ruck) e da namoradinha perfeita Sloane Peterson (Mia Sara). A sintonia dos três tem a frequencia impecável quando ao som de Twist and Shout, dos Besouros. 


2 – Vicky Cristina Barcelona (Vicky Cristina Barcelona, 2008)

Será possível existir uma relação amorosa a três? Fiquei em dúvida depois que Juan Antonio (Bardem) e Maria Elena (Cruz) acreditavam ser um casal impecável, mas sofriam com instintos auto-destrutivos, competitividade e alguma insanidade selvagem. É claro, todos os entraves acabaram por afastar os dois. Só que o roteiro de Woody Allen, muito bem arranjado, acaba mesclando a vida de Cristina (Johansson) a esses dois. Ela funciona como o ingrediente perdido que confere o sabor exato à mistura, numa troca muito funcional de aspirações artísticas, românticas e eróticas. Lindos cenários, espanhol embriagado, cigarros e pistolas descontroladas nesse ótimo filme.


1 – Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas (Bonnie and Clyde, 1967)

Pouco ou nenhum crédito é dado ao tampinha que conferia alívio cômico a Bonnie & Clyde, mas graças a ele a famosa dupla de assaltantes teve o couro salvo algumas vezes antes da rajada de balas do título. C.W. Moss (Michael J. Pollard) não passava de um frentista caipira quando abasteceu o carango sanguinolento de Bonnie e passou a fazer parte da trupe inveterada. O filme marca o início da safra da Nova Hollywood dos anos 70, quando a indústria de cinema gringo teve o fôlego renovado por cineastas jovens, ambiciosos e cheios de talento – a história por trás da produção é tão boa quanto o próprio. Vale muito a pena ver.


***

*Já estiveram em outros TOP5 e por isso dançaram nesse post: Butch Cassidy and Sundance Kid – o trio Paul Newman, Robert Redford e Katharine Ross, levaria facilmente o primeiro lugar por aqui. O Cantando na Chuva com os inigualáveis Gene Kelly, Debbie Reynolds e Donald O’Connor, mereciam muito entrar nessa lista. Além deles, Tenha Fé e Um Caso a Três ficaram de fora na dança das cadeiras. 
E aí, lembrou de mais algum terceto? Até breve :)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

TOP5 - Western

O Western é um gênero tão antigo quanto a própria invenção do cinema. Em meio a tantos títulos de bang-bang que foram alçados ao status de ‘clássicos’, aqui vamos nós, munidos de chapéu, esporas nas botinas e lenço no pescoço, para uma seleção dos preferidos.

5 - Rastros de Ódio (The Searchers, 1956)


Rastros de Ódio é o extremo clássico. Tem John Ford, um dos principais diretores – e mentores - do gênero, o lendário John Wayne (se o ‘Western’ tivesse um rosto, seria o dele) e as locações do Monument Valley, um imenso condado de Hollywood em algum lugar do Arizona, onde muitos bang-bangs importantes foram rodados. O roteiro reverencia a figura solitária do cowboy, aqui amargurado pela frustração amorosa que ele catalisa em ódio contra os indígenas. A trilha sonora imponente, berrando enquanto os cavalos trotam pelas paragens áridas, a busca implacável por vingança, os entraves amorosos. Enfim, são grandes ingredientes que fazem desse aqui, um filme cinco estrelas.

4 - Onde Começa o Inferno (Rio Bravo, 1959)


A existência de qualquer cinéfilo, cedo ou tarde, se cruza com a filmografia de Howard Hawks. A versatilidade deste diretor fez escola em Hollywood e já apareceu por aqui em outro TOP5. Mas o Rio Bravo é um rol de personagens difíceis de esquecer. A pequena cidade do Xerife John Wayne (ele, outra vez) está sitiada por um bando de pistoleiros que querem resgatar da delegacia o assassino, irmão de um rico proprietário de terras. O problema é que o bando a favor do Xerife é formado por um velho manco, um alcoólatra incorrigível e um pistoleiro iniciante, cheio de marra. E tome as sequências bem orquestradas de tiroteio, as tiradas de humor, Dean Martin, Ricky Nelson e as pernas incríveis de Angie Dickinson.

3 - O Homem Que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valence, 1962)


Quase impossível falar desse filme sem soltar um terrível spoiler. Mas me comporto. ‘The Man Who Shot Liberty Valence’ é por si só, um título meio spoilerento. Mas este é um dos últimos de John Ford, ainda com fôlego impressionante. A história é contada do fim pro começo, em flashback, depois volta ao tempo-oficial, e entrega um segredo que ficou oculto por muitos anos. É brilhante. Jimmy Stewart, sócio deste blog, John Wayne, batizando três filmes neste TOP5 e um irônico paradoxo adotado por Ford, desconstruindo a própria fórmula.

2 - Três Homens em Conflito (Il Buono, il brutto, il cattivo, 1966)


A partir da segunda metade da década de 60, o Western, que vinha minguando das salas de cinema, ganhou uma curiosa sobrevida. Eram os ‘western spaghetti’: reapropriações do consagrado estilo americano, rodado em locações na Europa, com alguns aspectos caricaturados, numa espécie de ‘pastiche original’, se é que isto é possível. O principal nome envolvido é o do diretor italiano Sergio Leone com sua ‘Trilogia dos Dólares’. “Três Homens em Conflito” é um dos que reinventaram o western e catapultaram a carreira de um então desconhecido Clint Eastwood. A trilha sonora fatal de Ennio Morricone continua tocando na cabeça de quem assiste a este filme, dias depois.

1 - Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid, 1969)


Neste filme revisionista da antiga fórmula dos Westerns, tudo parece contribuir para que o visual seja a lindeza que é. A fotografia de Conhad L. Hall garantiu um dos quatro Oscar deste que foi o maior sucesso de bilheteria do ano. Mas me refiro é ao vagão de trem que explode provocando uma chuva de dólares, Paul Newman (cuja figura já reverenciamos aqui) andando de bicicleta com a linda Katharine Ross na garupa, ao som de 'Raindrops Keep Falling on my Head' , e o trio ultra carismático fechado por Robert Redford e sua juba loura. A história é cheia de situações cômicas e inteligentes que caminham para um dos melhores finais de filme já feitos. Sem querer parecer passional demais: Butch Cassidy é infalível.

***

*Este TOP5 está organizado pelo critério de idade dos filmes, já que achei que as resenhas ajudam a contar um pouco da trajetória do próprio Western. Mas a ordem de preferência é 1) Rio Bravo 2) Rastros de Ódio 3) Butch Cassidy 4) Três Homens em Conflito 5) O Homem que Matou o Facínora. 
*O Blog volta às atividades depois do feriado, quando regresso, todo trabalhado no frevo, de uma merecida viagem à Recife. Até lá.

sábado, 28 de agosto de 2010

TOP5: Ultraviolência

Para recuperar a respeitabilidade e homência deste blog (depois do último post, feito com açúcar de confeiteiro), vamos às top-cenas de brutalidade, truculência e muito, muito sangue falso.

5 - Cães de Aluguel (Reservoir Dogs, 1992)


Quentin Tarantino é um nome automaticamente associado aos barris de trublood sangue sintético que ele usa em seus filmes. Mas não só isso, minha gente. Porque em 'Cães de Aluguel,' um dos primeiros do diretor, já é possível detectar todas as características que o tornariam célebre. Tudo isso com orçamento baixíssimo, se comparado aos US$ 70 milhões de ‘Bastardos Inglórios’. Mas a cena de tortura em que um policial tem sua orelha arrancada com uma navalha, ao som de ‘Stuck in the Middle with You’, é de uma violência tão brutal, que muita gente ainda desvia o olhar por alguns segundos.
 
4 -  Cassino (Casino, 1995)
 
 
Joe Pesci desempenhou tão brilhantemente seu nanico marrento em ‘Os Bons Companheiros’ e neste magistral ‘Cassino’, que acabou ficando estigmatizado pelo personagem. Ninguém consegue esquecer das cenas em que ele desanda a mandar palavrões ou a matar indivíduos ‘acidentalmente’, em surtos de sadismo. Não foi o caso da sequencia de um interrogatório que durou dois dias e duas noites, onde um irlandês durão teve o saco triturado por picadores de gelo e a cabeça lentamente esmagada por um torno daqueles de prensar. Terrível.
 
3 - Clube da Luta (Fight Club, 1999) 


Jared Leto seria bem melhor tratado em Alexandre (2004), sob os carinhos de Colin Farrell. Mas aqui, neste titânico filme de macho, seu personagem toma uma surra tão impiedosa que fica completamente desfigurado. O curioso é que o mesmo Jared Leto seria esquartejado a machadadas no filme abaixo. Para poupar o gajo, vamos de outra cena.
 
2 - Psicopata Americano (American Psycho, 2000)


O maníaco metrossexual de Chris Bale prepara o cenário, seleciona a dedo o fundo musical (baladas românticas de Phil Collins) oferece um Chardonnay finíssimo, vem com aquele papo de ‘I want you to clean your vagina’, deixando a vítima super confortável. Nem quem assiste espera que a infeliz, toda volúpia, seja perseguida pelo psicopata completamente nu e besuntado em sangue, e seja em seguida divida ao meio por uma serra elétrica.

1 - Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men, 2007)


Quem conhece um pouco da filmografia dos irmãos Joel e Ethan Coen, já deve ter observado as cenas sanguinolentas que esses dois inserem, docemente, em seus filmes. Um sujeito triturado vivo em ‘Fargo’, o tiroteio de metralhadoras em ‘Ajuste Final’, o tiro à queima-roupa no Brad Pitt em ‘Queime Depois de Ler’. Tudo, claro, regado à muita espirituosidade e humor negro. Mas a minha cena sádica preferida é mesmo o inesperado enforcamento do oficial de polícia em ‘Onde os Fracos Não Têm Vez’: a expressão assombrosa no rosto de Javier Bardem e o assoalho riscado com as marcas da bota.

*Post produzido ao som da trilha sonora de Cães de Aluguel*
Até o próximo ;)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

TOP5 - Açúcar Pride

Quem sabe, sabe. Conhece bem. Ninguém resiste a uma boa tempestade de lágrimas diante da telona. Pensando nisso, aqui vai um TOP5 de filmes com elevadíssima taxa de fofismo. (Mas sem sentimentalismo barato, hein?)

5 - Marujos do Amor (Anchors Aweigh, 1945)


Gene Kelly, experiente galanteador, e Frank Sinatra, seu pupilo, são jovens marujos já há meses em mar aberto, ávidos por aportar em solo americano para encontrar abrigo em braços femininos. Quando isto finalmente acontece, seus destinos são cruzados com o do garotinho Dean Stockwell, que fugira de casa em meio ao mais adorável devaneio infantil para tentar se alistar, veja só, na Marinha. Tome lá muito bom humor, números musicais incríveis (com orquestra de José Iturbi), a cena clássica de Gene Kelly dançando com o rato Jerry de Hanna e Barbera, a voz de Frank Sinatra, as ambientações mexicanas, os figurinos todos... e o charme dos musicais americanos dos anos 40. Sério, é filme pra ver e rever.
 
4 - A Felicidade Não se Compra (It's a Wonderful Life, 1946)


Frank Capra ditou a máxima 'não há dinheiro que compre a felicidade', neste filme que se tornou o mais popular do diretor, graças às reprises anuais, sempre na véspera do natal norte-americano. O famoso ‘otimismo capriano’ percorre cada frame desta fábula sobre um pai de família (Jimmy Stewart) disposto a dar cabo de sua vida, quando um anjo lhe permite um vislumbre de como seriam as coisas se ele nunca tivesse existido. Um clássico lacrimal (!?).

3 - Conduzindo Miss Daisy (Driving Miss Daisy, 1989)


O filme venceu 3 Oscar em 1990 (Melhor Filme, Melhor Atriz para Jessica Tandy e Melhor Roteiro Adaptado), mas a sua premissa se tornaria desgastada tempos depois: o conflito entre dois personagens antagônicos (aqui, uma senhora judia e seu motorista negro – a história se passa em Atlanta, nos anos 50) que ao longo da trama vão se conhecendo melhor, superando diferenças e preconceitos e dando início a uma linda amizade. Mas o filme vai muito além, com a bela trilha sonora de Hans Zimmer e músicas de Louis Armstrong e Ella Fitzgerald e as fantásticas atuações de Tandy e Morgan Freeman. É um filme para enternecer qualquer coração de pedra.

2 - Billy Elliot (Billy Elliot, 2000)


Enquanto o pai e o irmão do pequeno Billy Elliot (Jamie Bell) estavam envolvidos na violenta greve de mineradores na Inglaterra de 1984, o garoto se descobria um exímio bailarino, fugindo das aulas de boxe para o salão de dança da professora Wilkinson (Julie Walters). Apesar da insistência na tecla ‘O fato de que eu gostar de dança não signfica que eu seja gay’, a história do menino que queria ser bailarino é comovente, justamente porque a obstinação de Billy pela dança é ingênua, legítima - como não poderia ser diferente em uma criança de 11 anos. O filme conta com o charme da direção de Stephen Daldry, um dos melhores cineastas em atividade; pena que sua filmografia seja tão pequena. São dele também As Horas (2002) e O Leitor (2008).

1 - O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain, 2001)


Amélie Poulain já nasceu icônico. O filme super verde e vermelho de Jean-Pierre Jeunet, com seu painel de personagens extravagantes e que conhecemos bem graças ao peculiar narrador obcecado por detalhes, é também um trabalho incrível de escolha do elenco: repare como cada um dos atores tem uma fisionomia que atende perfeitamente às características dos personagens. E a história, todo mundo conhece: Amélie é uma espécie de heroína da comunidade, intervém na vida de todos, mas se mostra completamente inábil quando o assunto é ela mesma. É um filme com uma capacidade inigualável de deixar os expectadores felizes, mesmo que não existam motivos.


***
Se você terminou este post com ameaça de diabetes, aguarde o próximo TOP5, sobre ULTRAVIOLÊNCIA (6).