Todo mundo quer ter uma tatuagem. Mas acontece que poucos tem coragem de se ofertar à intrépida ação da agulha que costura tinta na pele. E depois, arrependimento, todo mundo conhece o gosto que tem. É como alguns erros definitivos que a gente comete na vida: são resistentes a borrachas da Faber, indiferentes a corretivos.
Mas a tatuagem parece uma cicatriz da juventude cravejada no couro. Um brasão do goldentimes. Se for mesmo assim, que será que a imagem desbotada pode contar depois de uns 40 anos de feita? Vou ser um sexagenário olhando pra minha tatuagem murcha no espelho, que me dirá bem assim, em sussurro: eu sou o que você fez da sua fase James Dean.
Que bonito Dave.
ResponderExcluirTenho a minha pra quem sabe um dia me arrepender, ou não!
:*
mas não é esse o sentido de uma tatuagem? ser uma cicatriz, uma marca de um período, de um momento? A diferença (que é afinal o mais importante) é que é uma marca escolhida. Tantas cicatrizes aparentes ou não são involuntárias. Aas minhas tatuagens falam de lugares e pessoas que eu realmente não quero esquecer. Marcas da luta, da minhas íntimas dúvidas...
ResponderExcluiradorei o post, vou voltar sempre.