quinta-feira, 14 de abril de 2011

TOP5 - Cala a boca, mulher!

Ao longo do tempo, o papel da mulher no Cinema sofreu alterações gigantescas - para o bem e para o mal. Esse TOP5 separou exemplos de memoráveis garotas-problema das telonas.

5 - O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972)


Única filha de Don Vito, Connie cresceu sob os mimos (e superproteção) do pai e dos irmãos Fredo, Sonny e o caçula, Mike - contando assim pelos apelidos, não parece tão grave. Comum na aparência, a família Corleone, de grande reputação na máfia italiana em Nova York, possuía poder e influência devastadores na metade da década de 40, onde a história começa. Perigo não calculado por Carlo Rizzi, o tremendo cafajeste que se casa com Constanzia ‘Connie’ Corleone. Quando ele passa a trair, agredir e esculachar com a filha de Don Vito, as coisas ficam realmente feias pro lado dele. Mas a Connie, super mimada, foi tremenda chave-de-cadeia com sua voz esganiçada, seus caprichos e excessos que continuaram rendendo, mesmo depois da saída de cena apoteótica do malfadado Carlo Rizzi.

4 - Bravura Indômita (True Grit, 1969)


Também conhecido como o filme que finalmente deu o Oscar de melhor ator a John Wayne, depois de sua longa carreira em westerns, Bravura Indômita recebeu ano passado, uma releitura assinada pelos irmãos Joel e Ethan Coen. Ambos os roteiros, baseados no romance de Charles Portis, contam a história de Mattie Ross, uma garota de 14 anos que teve o pai friamente assassinado pelo inescrupuloso bandido Tom Chaney. No entanto, o pistoleiro jamais imaginou que a pequena juraria vingança e buscaria a ajuda do xerife pinguço Rooster Cogburn (Wayne na versão original e Jeff Bridges, com os Coen) rasgando o mapa em busca de seu paradeiro. A personagem que é frágil e infantil é também obstinada e resoluta no plano de vingar a morte do pai. O paradoxo perfeito.

3 - Cada um Vive Como Quer (Five Easy Pieces, 1970)


‘Achei que tinha tido uma sorte tremenda. Tinha conseguido um cara que nem se tocava que era um puta ator’ dizia o diretor Bob Rafelson sobre Jack Nicholson, em um de seus primeiros trabalhos, no limiar dos anos 70 e da contra-cultura. Ele, um ex-pianista que agora trabalha num poço de petróleo, longe de sua família de músicos, anglo-saxões e protestantes. É ali que ele desenvolve o relacionamento com uma garçonete irritantemente pegajosa de nome Rayette Dipesto (Karen Black, numa performance indicada ao Oscar), que profere apelos como ‘Diga que me ama e eu farei o que você quiser’.  Em sua jornada de volta pra casa, se envolve com outra mulher que o faz ficar dividido. O filme é super pessoal, com baixo orçamento, sensível ao modo europeu de fazer cinema e o final é simplesmente um dos melhores que eu já vi.

2 - Match Point (Match Point, 2005)


Belo exemplo da safra atual do Woody Allen, o enredo de Match Point remete muito ao ‘Crimes e Pecados’ (também do Woody), de 1989. Ambos giram em torno de casos extraconjugais que tomam proporções desesperadoras e descambam para crimes atrozes. Mas aqui, Jonathan Rhys Meyers vive Chris Wilton, um tenista irlandês que se casa com a filha de um grande magnata britânico, conseguindo ascender socialmente graças à influência do sogro. Só que acaba se envolvendo com a covardemente estonteante Scarlett Johansson, uma aspirante a atriz (sem nenhum talento) que pra piorar, é sua ex-cunhada. Quando o caso vai se tornando mais complexo, a moça passa a perseguir Wilton, ligando incessantemente, fazendo escândalo na porta da empresa onde ele trabalha e exigindo que este abandone a esposa. Tremenda sinuca de bico.

1 - Indiana Jones e O Templo da Perdição (Indiana Jones and the Temple of Doom, 1984)
O Templo da Perdição, o segundo dos quatro filmes do lendário aventureiro de Spielberg e Lucas, reúne todos os elementos que tornaram a série famosa: comidas exóticas, pontes de corda, ritos tribais macabros, cadáveres, insetos nojentos, sequências de perseguição, chapéu, chicote... tá tudo lá. Mesmo assim, carrega a triste reputação de ser o filme mais fraco da franquia. Uma das causas é, sem dúvida, a mais pavorosa Indy-Girl de toda a antologia Jones: Willie Scott (Capshaw), uma cantora de cabaré sem o menor rastro de espírito desbravador. Típica ‘mulher fresca’, acostumada aos requintes da cidade, se vê em meio a um vilarejo da Índia entre elefantes e xamãs. Daí tome gritos histéricos, reclames irritantes e enrascadas que a moça se mete, para transtorno do arqueólogo-herói.

Valeu Laila pela sugestão do título!
E até breve ;)
 

4 comentários:

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  2. acho que no caso do match point, nao entendeu bem o recado, o cala a boca devia ser pra mulher insuportavel dele, que no fim do filme, foi o castigo da vida dele rsrs, falando papa quer isos, papa quer aquilo, o tempo todo, sempre falando em bebes, fertilidade, a clássica cena do termometro na boca... mta gente acha que ele sai impune no fim, mas o tédio que ele vai sentindo durante o filme todo, as expressoes dele, que só se modificam perto da nola, e depois, na cena final, qdo a esposa fala que quer mais um bebe.... a cara novamente!

    portanto, acho que o cala boca seria pra esposa sonsa! rsrsrsrs
    cala boca mulher!

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    1. De fato, amigo anônimo. Duas chaves-de-cadeia nesse Match Point! hahaha

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    2. hahaha com certeza!

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