domingo, 25 de dezembro de 2011

TOP5 - Ryan Gosling


Que o menino Ryan Gosling é um dos melhores atores de sua geração, ninguém duvida. Diferente de outros que, mesmo talentosos, embarcam em projetos aleatórios pelas razões mais adver$a$, Gosling, agora com 31 anos, vem demonstrando ao longo da carreira um cuidado formidável na escolha de seus personagens – uma galeria cada vez mais interessante que oscila entre o cinema fora do circuito comercial e grandes lançamentos, como este Tudo Pelo Poder dirigido por George Clooney, em cartaz essa semana. Segue a lista de Ryan Gosling’s imperdíveis. E no final, uma surpresinha de Natal.

Half Nelson (Half Nelson, 2006)


Professor extremamente engajado, Dan Dunne tenta iluminar seus alunos com suas instruções, mas sozinho, precisa lidar com os próprios fantasmas: é viciado em crack. Transitando entre duas vidas distintas, a história ganha o viés contrário – Dunne desenvolve relação de amizade com uma aluna que se torna um ponto cego entre a vida consciente de professor e a desiludida perspectiva de um viciado. Ryan Gosling foi indicado ao Oscar de Melhor Ator por esse trabalho.

A Garota Ideal (Lars and the Real Girl, 2007)


Vivendo em sua própria redoma (a garagem da casa do irmão mais velho), o super introvertido Lars Lindstrom é sempre bombardeado por perguntas de seus familiares, curiosos sobre sua vida social. Até que um dia se apaixona por uma daquelas bonecas usadas para fins recreativos. Indicado à melhor categoria do Oscar: Roteiro Original. 

Namorados Para Sempre (Blue Valentine, 2010)


Traduzido toscamente em português, o Blue Valentine é um filme despedaçador de corações. Dean (Gosling) vive um romance que aos poucos vai se dissolvendo em torno das diferenças do casal. Todo costurado de forma não-linear, vamos acompanhando a trajetória que o relacionamento percorreu até chegar ao ponto em que se encontra. Sensação de completa desilusão diante da perspectiva de que, em certos momentos, por mais que tentemos resgatar o que passou, há batalhas perdidas. E pior, a falta de interesse em recomeçar.

Amor a Toda Prova (Crazy Stupid Love, 2011)


Crazy Stupid Love é uma improvável amostra de como é possível oxigenar a saturadíssima fórmula das comédias românticas americanas. Fazendo um uso consciente dos clichês do gênero, o filme explora a conturbada relação de um casal que, juntos há anos, resolvem se separar. Para reabilitar-se à vida social, Steve Carell conta com a ajuda do bon vivant Jacob Palmer (Gosling), um womanizer incorrigível que acaba se apaixonando louca e perdidamente pela filha de Carell. A dinâmica pastelesca me fez lembrar dos tempos de Cary Grant e Katharine Hepburn.

Drive (Drive, 2011)


Aqui o personagem de Gosling (sem nome, para reforçar a aura enigmática que o envolve) é um piloto extraordinário que serve de motorista para criminosos em fuga – sem contudo se envolver no crime em si. Funcionando perfeitamente como anti-herói (inclusive com um arremedo de uniforme: seu macacão com o símbolo de um escorpião dourado) o Piloto Sem Nome tem inesperados rompantes de violência e à despeito de ser quase-sempre muito sóbrio e responder à sua ética particular, nos permite entrever a beleza de seus sentimentos. Drive tem momentos fabulosos. Qualquer viciado em cinema terá pequenos orgasmos intercalados nas cenas filmadas com tanto talento pelo diretor Nicolas Winding Refn. Smells like Oscar.

***
Para finalizar, Um Conto Bêbado de Natal, com Ryan Gosling (claro), Jim Carrey e Eva Mendez.








O Blog do Dave deseja um Feliz Natal e um excelente novo ano a todos - com muitos, muitos filmes (:



2 comentários:

  1. E aí Dave! Obrigado pelo comentário no CR. Tô de férias, o blog volta ano que vem, mas estou ainda ligado na blogosfera.

    Os posts do Kubrick e este do Ryan Gosling ficaram ótimos!

    Fiquei superinteressado neste documentário do Kubrick. Ótima dica:)

    Um ano maravilhoso pra vc

    Abs.

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  2. RYAN GOSLING! Esse é o nome e esse é o cara.
    Me deu uma sensação estranhíssima de já ter visto esse filme que ele é um professor viciado em crack, mas acho que não cheguei a terminar... A pulga se mantém atrás da orelha, nunca ia lembrar disso, mas algumas cenas vieram vívidas na minha cabeça! Assisti Drive essa semana, é incrível como ele não precisa abrir a boca pra tu entender e se prender ao personagem.

    Feliz ano novo, Dave!

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