segunda-feira, 26 de março de 2012

Listão: BUNDAS


Não se deixe enganar pela aparente frivolidade deste tema, caro leitor. As bundas, veja bem, tiveram que percorrer uma longa jornada até poderem ser exibidas despudoradamente pelas telas de cinema. Algumas como arma de transgressão, outras por pura apelação. Seja como for, superados vários tabus e códigos de conduta, aqui vai uma lista de dez buzanfas estelares, organizadas por ordem de idade. Prontos? 

10 - Quem Matou Leda? (À double tour, 1959)


O clássico de Claude Chabrol, um dos precursores da Nouvelle Vague, traz uma trama de adultério que, entre montagens estilosas e flashbacks bem pontuados, vai envolvendo toda uma família em algo que se revelará uma tragédia. Não sem antes deixar de exibir a bela bunda de Jean Paul Belmondo, galã francês sem precedentes.

9 - Dona Flor e seus Dois Maridos (1976)


Sem medo de exagero, a bundeca de José Wilker em Dona Flor e Seus Dois Maridos deve ser um marco do cinema nacional, vai. A trama metafísica de Jorge Amado deixa a personagem de Sonia Braga perdida entre os dois amores, mas é Wilker quem rouba a cena final, com o trio descendo as ladeiras da Bahia.

8 - Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (Terminator 2: Judgment Day, 1991)


Reverência aos clássicos: Arnold Schwarzenegger chega peladão num pub da vida e sai de lá vestido como o badass-motherfucker que ele é: e ainda de posse de uma bela motoca. Essa imagem aí é do primeiro filme da franquia, mas não importa já que o andróide parrudo aparece peladão em todos.

7 - O Talentoso Ripley (The Talented Mr. Ripley, 1999)


Jude Law provocou graves imbróglios na trama tom&jerryana de O Talentoso Ripley. E na cena em que ele aparece usando seus trajes de nascença, com a tensão sexual explodindo na tela, é fácil entender os perrengues pelos quais o pequeno gênio Ripley teve que passar.

6 - De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut, 1999)


O último filme do mestre StanleyKubrick demorou dois anos para ser finalizado, graças à mania doentia de perfeição do diretor. Mas o corte final jamais poderia deixar de exibir a soberba bundeza de Nicole Kidman. Um amigo meu disse uma vez e eu levei pra vida: todo casal tem que ver De Olhos Bem Fechados


5 - Closer – Perto Demais (Closer, 2004)


Um filme definitivo sobre relacionamentos e todas as agruras e dissabores que eles acarretam. Felizmente, a majestosa bundoleta de Natalie Portman alivia o climão da trama numa cena penosamente engraçada.

4 - Pecados Íntimos (Little Children, 2006)


Pecados Íntimos é um filme de emoções muito poderosas. No entanto, embora eu queira, é impossível falar com seriedade sobre ele num post dedicado exclusivamente às bundinholas. Um brinde à saúde de Patrick Wilson. Cena censurada, though.

3 - O Cheiro do Ralo (2006)


O filme de Heitor Dhalia é fácil de entender: pouca grana e muito, muito talento. Numa leitura extrema, O Cheiro do Ralo é a comovente história do sujeito que se apaixonou perdidamente por uma bela de uma bunzanfa.

2 - 300 (300, 2007)


Antes de partir com o batalhão de guerreiros para um jantar no inferno, o bravo Leônidas foi ter com sua esposa – no sentido bíblico. Antes, teve que, é claro, exibir seu traseiro enquanto refletia sobre os rumos de Esparta.

1 - Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs, 2010)


Até aqui eu já devo ter perdido o respeito da minha meia duzia de leitores. Então, encerramos as atividades com a fugitiva bundolândia do garoto Jake Gyllenhaal


BdD informa: Assim como no épico TOP5 – Vaginas, não é intenção deste post diminuir as obras cinematográficas aqui citadas à ~mera~ aparição de partes pudendas em suas cenas.


Responda você: quais portentosas bundovaldas faltaram neste post?


(Mãe, é tudo por amor ao cinema, tá? Beijo)

sexta-feira, 23 de março de 2012

Editorial 02: Novo Layout + Coelho no CCR

O layout antigo: cheiro de mofo e café
Amigos, mais duas boas novidades. A primeira é, como eu já havia adiantado no outro Editorial, o novo layout do BdD. Seguindo o padrão de visualizações dinâmicas da plataforma blogger, agora é só clicar na chamada da postagem, que ela abre em pop-up. No canto superior esquerdo, você pode passar para postagens antigas. No canto superior direito, fechar o post. Embaixo estão as opções de compartilhamento nas redes sociais. Na home agora existem os links para as páginas principais (TOP5, Papo de Cinema etc). Na lateral do cantinho direito, existem opções camufladas (eggs?!) com as TAGS, arquivos, seguidores etc. Você pode também mudar a forma de visualização dinâmica na barra de opções, no topo do blog: ‘classic, flipcard...’.
A imagem de fundo é um desenho do genial Ralph McQuarrie, responsável pelo design de produção de Star Wars, E.T., Contatos Imediatos, entre outros. McQuarrie faleceu no começo de março.


A segunda novidade me fez perder algumas noites de sono, depois de uma seleção angustiante. Mas agora é oficial: faço parte do time de redatores do Cinema com Rapadura (CCR). No ar desde 2004, o CCR é um dos portais de entretenimento mais completos do país, com central de notícias, colunas especiais, críticas e o Rapaduracast, o tradicional podcast dos “seres rapadurianos”. E como a maioria dos portais de entretenimento do país têm suas bases no eixo Rio-São Paulo, o CCR foge à regra, já que o QG fica logo ali, em Fortaleza.

A primeira notícia saiu essa semana. Fiquem de olho e valeu pelo apoio de sempre (:

domingo, 18 de março de 2012

Pablo Villaça, Brasília e muito mais Cinema


Estive em Brasília para a 35ª edição do Curso de Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográficas, ministrado pelo crítico de cinema Pablo Villaça, do Cinema em Cena. O curso já percorreu todas as regiões do país, atingindo a notável marca de 1.161 alunos formados até agora. A turma de Brasília, um batalhão de 71 cinéfilos, foi a maior desde 2009, ano em que o curso começou.

E o sucesso é justificável.  A primeira aula já se mostra desafiadora ao partir da premissa de que entrar na sala de cinema é consentir em ser manipulado - mas entender os mecanismos da linguagem cinematográfica é potencializar infinitamente a experiência de assistir a um filme. E é assim que começamos a examinar os inúmeros códigos narrativos adotados pelo cinema para nos fazer sentir emoções tão reais por situações e personagens que não passam de fantasia.  

Se a ementa vai direto ao ponto, impossível não admirar a didática do professor: uma conjugação de bom humor e profundo domínio do conteúdo, que torna as aulas ainda mais interessantes. Há uma preocupação constante em chamar os alunos pelo nome e encorajar até os mais tímidos a dar pitacos na discussão. Sempre exibindo trechos de filmes para ilustrar as explanações, vimos uma cena de Era Uma Vez no Oeste (1968) para entender o conceito de profundidade de campo. Durante a exibição, fomos sabatinados com perguntas sobre as técnicas utilizadas ali. Impossível não aprender.

Na última pauta do curso, fomos apresentados às metodologias particulares de produção textual desenvolvidas por Villaça ao longo de quase vinte anos de carreira. Depois de mapear o caminho das pedras àqueles que pretendem se tornar críticos de cinema (são macetes inclusive de como começar a carreira, sempre utilizando a própria experiência como exemplo), é até engraçado que a fama de ególatra persiga a figura do fundador do Cinema em Cena. Já que uma das características mais detestáveis de pessoas arrogantes é justamente a incapacidade de compartilhar conhecimento.

Naturalmente, não há tempo hábil para debater a quantidade imensa de informação trabalhada nas aulas. Mesmo porque, qualquer assunto relacionado a cinema possibilita horas e horas de discussão. Mas certamente os 71 alunos ali presentes, tiveram o olhar cinematográfico reeducado e o apetite por filmes e por tudo que os envolve, renovado. Recomendação máxima.

A melhor turma de todas, na foto oficial de encerramento

Muito obrigado Bruno Lima e Gabriel Leite (: