Em tempos de Zangief Kids e acaloradas discussões sobre a perniciosa prática do Bullying, aqui vão alguns personagens que já viveram e, felizmente, sobreviveram a estas atrozes experiências, hein. Vamo.
5 - Forrest Gump – O Contador de Histórias (Forrest Gump, 1994)
Como se fosse pouco ser um dos maiores heróis acidentais de toda a história do cinema, Forrest Gump logrou ainda o êxito absoluto nos AcademyAwards de 1995. O adorável bobalhão de Tom Hanks, cujas pernas desajustadas fizeram dele chacota na escola, venceu os limites de sua condição física sob os berros de ‘RUN, FORREST! RUN!’, para atravessar o imaginário norte-americano em desabalada carreira.
4 - Harry Potter
O ambiente escolar é mesmo o campo mais propício para a nefasta prática de bullying. E isso fica evidente quando nem mesmo a prodigiosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts escapa à regra. Tudo porque ali, diferenciações sanguíneas definem a pureza da ‘natureza bruxa’ dos estudantes. Algo parecido com a cegueira ariana do Terceiro Reich, bruxos bem-nascidos como o antipático Draco Malfoy, se acham no direito de escorraçar com miscigenados, a exemplo do que acontece com a valente Hermione Granger. Rony Weasley, oriundo de uma família pobre (mas muito rica em humanidade) também sofre sob o jugo dos alunos mais ricos de Hogwarts.
3 - Homem-Aranha (Spider-Man, 2002)
Peter Parker e sua estranha incapacidade de chegar a tempo no ponto de ônibus renderam as penosas cenas de abertura do jovem clássico de Sam Raimi. Correspondendo ao perfeito estereótipo de nerd esquisitão (com direito ao amor idealizado da mais bela garota do colégio, Srta Mary Jane Watson) ele tenta encontrar vaga no ônibus escolar, mas ninguém cede espaço (existe uma cena exatamente como esta em Forrest Gump). Peter Parker e Homem-Aranha, expoentes da inadequação. De todo modo, é uma pena que poucos weirdos vítimas de bullying tenham a sorte de serem picados por aranhas modificadas em laboratório, você há de convir.
2 - Juventude Transviada (Rebel Without a Cause, 1955)
‘You’re tearing me apart!’ reclama o irascível Jim Stark no clássico de Nicholas Ray. Ninguém entende os rompantes de rebeldia de Jim, que precisa lidar com um pai subserviente e uma mãe irredutível, numa rotina de constantes mudanças de cidade. Algo que faz de Jim (cuja personalidade se confunde com a persona pública do próprio James Dean) um outsider, um sujeito solitário, uma antítese do que um jovem comportado deveria ser. E é com estranhamento que ele é recebido no colégio onde passa a estudar. A hostilidade culmina na famosa sequência da briga de facas e mais adiante, no racha infernal que acaba ceifando a vida de um dos brigões.
1 - As Melhores Coisas do Mundo (2010)
Excelente surpresa recente do cinema brazuca, o filme de Laís Bodanzky investe cheio no emocional de todos nós que já passamos pela ultra-saudosa fase de colégio e, claro, no eixo de identificação das novas gerações que ainda estão metidas em salas de aula. E apesar das particularidades dessa nova juventude (a internet, a fome de tecnologia, a velocidade da informação), existem algumas inequívocas permanências, dentre elas a cruel investida nas diferenças do outro. O protagonista, Mano, é execrado por alguns alunos quando estes descobrem que seu pai largou a família por um relacionamento homossexual.
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