domingo, 18 de setembro de 2011

TOP5 - Xeque Mate!

Xadrez: sei nem pra onde vai. Mas sempre que o cinema tenta realçar cenas de articulação e inteligência, manda ver nessas jogadas cheias de caras e bocas e mão no queixo  - quem, como eu, não sabe jogar, apenas observa os grandes enxadristas do cinema. Nesse TOP5, os filmes estão organizados por idade: dos mais novos aos mais antigos.

5 - X-Men: Primeira Classe (X-men: First Class, 2011)


Erick VS Charles. Os filmes dos mutantes da Marvel sempre trazem uma cena como esta, pra equilibrar os ânimos e evidenciar que há muito raciocínio e destreza por trás daquelas incríveis habilidades.

4 - Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Philosopher’s Stone, 2001) 


Uma partida de xadrez com peças vivas cujo desfecho tinha importante resultado no primeiro livro da saga de J.K. Rowling, que deixou milhões de órfãos esse ano.

3 - Geri’s Game – (A Bug’s Life, 1998)


O curta que precedia Vida de Inseto da gigante Pixar, que traz um velhinho disputando xadrez contra si mesmo. O prêmio: uma dentadura. Os cortes ágeis e o humor simples renderam um Oscar a esse curta pelos idos de 1998.

2 - Star Wars Episódio IV - Uma Nova Esperança (Star Wars Episode IV - A New Hope, 1977)


Enquanto o jovem Skywalker coletava ensinamentos do mestre Obi-Wan, Chewie e R2-D2 estavam envolvidos numa partida de xadrez holográfico (bem, não exatamente). 'Let the wookiee win!'– sugere o aflito C3P-0.

1 - O Sétimo Selo (Det sjunde inseglet, 1957)
 

Provavelmente o trabalho mais conhecido do festejado diretor Ingmar Bergman, o filme aborda uma busca pelo sentido da vida numa eloquente disputa de xadrez contra... a morte.

Até breve! :)



domingo, 11 de setembro de 2011

Wilfred e outros Animais de Imaginação


Separei uma tarde inteira pra ver a primeira temporada de Wilfred, serie de TV que vai ao ar às quintas-feiras pela FX. O pilot começa com Ryan Newman (Elijah Wood) um típico loser revisando cautelosamente sua carta de despedida, enquanto organiza os últimos detalhes para seu suicídio. Como se não bastasse a vida amorosa em frangalhos e a carreira profissional fracassada, a tentativa de suicídio dá em nada. É nesse momento periclitante da vida, que surgem a vizinha Jenna (Fiona Gubelmann) e seu cachorro, o Wilfred.

Quem já teve ou tem um cachorro sabe o quanto essas criaturas podem ser companheiras. E é mais ou menos essa a premissa da série: escancarar as proporções do velho provérbio que diz ser o cão o melhor amigo do homem. Ryan, num estado de extrema vulnerabilidade, enxerga Wilfred não como um cachorro comum, mas como um amigo que chegou na hora certa. Voilá: um cara vestindo uma fantasia de cachorro.

O princípio é basicamente aquele que rege o relacionamento entre Calvin e Haroldo, dos quadrinhos. Para todos os outros mortais, Haroldo não passa de um tigre de pelúcia qualquer. Mas para Calvin, o Haroldo é muito mais real que qualquer amigo de carne e osso. 


Lembrei que o cinema também já explorou relacionamentos esquizofrênico-imaginativos dessa natureza. Recentemente, em Um Novo Despertar (The Beaver, 2011), Mel Gibson interpretou Walter Black, um sujeito em condições muito parecidas com as de Ryan. Incapaz de manejar a própria vida, ele se vê numa crise de depressão quase irreversível, até encontrar esse fantoche de Castor, que passa a representar toda a sua vitalidade, como uma vida à parte na mão esquerda de Black.


James Stewart também esteve em situação parecida no filme Meu Amigo Harvey (Harvey, 1950). Dando vida a Elwood P. Dowl, uma figura extremamente carismática, cujo melhor amigo, um coelho de dois metros (que só ele conseguia enxergar), o acompanhava pelos bares da cidade em animadas bebericagens – para completo desespero dos familiares que, com toda a razão, passam a desconfiar de sua sanidade.


Em todos os casos, é claro, os ‘animais de imaginação’ podem ser lidos como reflexos da própria personalidade de seus donos. No caso específico de Wilfred somam-se alguns pontos, já que a série quase nunca se preocupa em explicar a natureza da relação dos dois ou em justificar, por exemplo, como Wilfred é capaz de fazer telefonemas ou acessar a internet. Investindo ainda na comicidade do personagem que, sendo cachorro, não resiste a arremessos de bolas, bolhas de sabão e outras particularidades caninas, como o fato de não enxergarem as cores e terem faro e audição aguçados.
 
Nesse bromance mais-que-peculiar, a personalidade dos dois se complementa perfeitamente, como vai ficando claro ao longo dos episódios. É esperar para que as temporadas seguintes consigam manter a medida afinada do humor, sem perder o pedigree.

“qualquer cachorro diria a mesma coisa nessa situação”
 
 
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Turma, fiquei impossibilitado de postar no último mês e meio, mas agora já está tudo bem de novo. Espero que a gente possa continuar discutindo cinema de forma descontraída ao longo de mais e mais listas e textos.  
 
Grande Abraço,
Dave Coelho.