sábado, 26 de junho de 2010

Estreias da Semana em SLZ - 25/06 - 01/07

O Preço da Traição (Chloe, 2010)

Se semana passada tivemos um record de qualidade nas estreias, nessa semana, uma baixa horrenda. Julianne Moore desconfia que Liam Neeson a anda corneando. Então contrata os serviços da profissional Amanda Seyfried (ela, outra vez. medo) para fazer um verdadeiro teste de fidelidade - sem João Kleber this time. 'O Preço da Traição' devia ter vindo pra cá na mesma semana de Robin Hood, que já saiu de cartaz. tsc

Em Teu Nome

Não dá pra dizer que é apenas mais um filme sobre o período de Regime Militar no Brasil, nem sobre exílio, anistia, presos políticos, vidas e amores interrompidos, autoconhecimento... Só vendo. Mas que parece, parece sim. Outra estreia com atraso. Devia ter vindo na mesma semana de Sex and The City.



Links úteis:
Críticas de O Preço da Traição e Em Teu Nome powered by Omelete.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Toy Story 3 (2010)

Com uma filmografia de êxitos absolutos, a Pixar já se consagrou como um dos estúdios mais dedicados e criativos do cinema atual. A equipe de John Lasseter mal consegue empilhar as 12 estatuetas do Oscar, que recebeu desde 2002, quando o prêmio de Melhor Animação foi criado. Por conta disso, carrega nas costas a imensa responsabilidade de fazer o que parece impossível: se superar a cada lançamento.
O legado da Pixar se estende não apenas pelo pioneirismo em 1995, com o legendário lançamento de Toy Story (a primeira animação criada completamente em computador), mas por fazer subir o nível das produções de animação a cada ano. No Oscar de 2009, por exemplo, os 5 nomeados foram de extrema qualidade e ainda ficou de fora, lamentavelmente, o excelente Mary & Max, de Adam Elliot, feito em stopmotion.
Toy Story 3, por tanto, arrasta consigo a pesada carga de ser a novidade do estúdio que ‘nunca erra’ e de encerrar a franquia que apresentou a Pixar ao grande público, há 15 anos. Pois bem, temos um novo marco. Vai vendo.

Dessa vez, o cowboy Woody, Buzz Lightyear e os outros brinquedos, despontam renegados em um velho baú, por seu dono Andy - que agora já é um mocinho e está aprontando as malas para a faculdade. Aqui, se nos sensibilizamos com a situação de abandono da trupe de Woody, nos identificamos também com Andy, prestes a se tornar adulto e abraçar as responsabilidades que fazem da nossa infância um passado cada vez mais distante.
Entre virar lixo, tralha no sótão ou ser doados para uma creche, a última opção é a que acaba acontecendo. É muito tocante o apego que eles têm ao dono original (e também alguma mágoa), mas em Sunnyside, os brinquedos de Andy se deparam com uma realidade encantadora, uma vez que serão novamente foco de crianças, cumprindo sua função de brinquedos: entreter, brincar!. Eles não têm ideia do que está escondido por trás da aparente calmaria do lugar.

Prefiro não entregar detalhes sobre a trama, mas devo compartilhar a minha enorme surpresa com a inventividade da história, com o uso dos novos personagens, com a forma como souberam aplicar referências aos filmes anteriores, sem que isso soasse mera reciclagem de ideias. Naquele universo, tudo é completamente verossímil e bem justificado. Todos os pontos atendem a encaixes perfeitos e nada acontece em vão - o que é um mérito imensurável num filme com um arco dramático tão poderoso, com tantos personagens e tantas reviravoltas.
Se é um filme de animação perfeito para as novas gerações, por ser muito ágil, coloridaço, hilário e sensível? Ah, é sim. Mas devo dizer que há um prazer extra pra quem de certa maneira ‘cresceu junto com Andy’: o desfecho de ‘Toy Story 3’ é uma catarse. Foi impossível segurar as lágrimas. Sim, eles fizeram outra vez.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Estreias da Semana em SLZ - 18/06

Toy Story 3

Depois de uma longa espera e de uma das campanhas publicitárias mais pimpolhas (e inteligentes) já vistas - que incluiu a re-exibição dos primeiros filmes da série nos cinemas, em 3D -  Woody e Buzz estão de volta. A premissa é um barato: Andy está mocinho e vai para a faculdade, deixando órfã sua coleção de brinquedos. Não quero falar muito. A ideia é subir um texto só para o filme. Pixar, te amo.


Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works, 2009)

Muito da minha admiração pelo Woody Allen se deve ao fato de ele ser perito em fazer rir extraindo o absurdo de situações aparentemente normais. O que acontece aqui é um pouco diferente: são situações bastante improváveis concatenadas pra mostrar ao espectador que mesmo quando a vida nos impõe condições adversas, é possível transmutá-las a nosso favor; às vezes é apenas uma questão de se permitir, abrir mão da ranzinzice. É o que o título “Whatever Works” já indica. Dito isso, achei que é um filme com poucas partes realmente engraçadas (quase todas elas por culpa da Patricia Clarkson, sempre ótima), mas espirituoso e bem produzido, como não poderia deixar de ser.

Links Úteis:

Daqui a pouco, atualizo com as novidades do CinePG pra essa semana - e com os filmes que não entraram no nosso circuito capenga. Abs.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Escafandro e a Borboleta (2007)


Se você não encontra os filmes, eles encontram você. Foi assim que eu finalmente consegui ver ‘O Escafandro e a Borboleta’ (Le Scaphandre et le Papillon, 2007). A história de extrema sensibilidade sobre o renomado editor da revista Elle francesa, Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric), que sofre um acidente cerebrovascular, que o paralisa inteiro – exceto pelo olho esquerdo, cuja pálpebra obedece aos movimentos.
É cinema puro. A lente que nos permite a história nos primeiros frames é o próprio olho de Baudy. Somos apresentados ao hospital e ao corpo de profissionais empenhados em reabilitá-lo ao convívio social. Tudo sob uma distinta perspectiva: temos acesso, como confidentes, aos pensamentos do protagonista, que vai distribuindo suas impressões. A certa altura, sentimos alguma agonia por estar vendo um filme desfocado, o ângulo irregular, entrecortado pelas piscadelas de ‘Jean-Do’. É bem essa clausura que o cineasta Julian Schnabel pretendeu transmitir, uma vez que o corpo do protagonista é seu cárcere, sua redoma – o escafandro, do título.


Mais adiante, visualizamos novos ângulos. Especialmente por intermédio dos flashbacks que nos introduzem à rotina profissional e vida particular do personagem. Passagens engraçadas e de pungente doçura. Talvez a minha preferida seja mesmo a cena em que Jean-Do faz a barba do pai – poucas vezes vi tamanha ternura num filme.
O fato é que uma das profissionais em fonoterapia do hospital onde Baudy foi internado, desenvolve uma técnica de comunicação que consiste em ditar as letras do alfabeto lentamente, pare que ele sinalize a que quer usar, através de uma piscada. Ele então vai escolhendo as letras até formar palavras, frases, sentenças. Pode parecer árduo comunicar-se assim e devia ser mesmo. Mas graças à dedicação e aos treinos, foi possível desenvolver um livro inteiro - no qual o filme buscou subsídios.
A história de O Escafandro e a Borboleta é profundamente reflexiva, permite inúmeras interpretações e é um exercício incrível de cinema. Para o bem, o homem trancafiado no próprio corpo acena entre piscadas: a mente é à prova de obstáculos.

A mente é a borboleta.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Estreias da Semana em SLZ - 11/06

Esquadrão Classe A (The A-Team)

Depois do malfadado resgate de Alice de seu país estranho por Tim Burton, da versão apedrejada de Louis Leterrier para Fúria de Titãs e do bem intencionado regresso de Robin Hood por Ridley Scott, eis que (re)surge, do seio dos anos 80, o Esquadrão Classe A. Rola um desespero diante de tanta reciclagem de ideias, mas, aparentemente, este filme de Joe Carnahan (de A Última Cartada) reserva bons minutos de ação epiléptica e boas pitadas de humor sacana. Verei em nome da nostalgia (a carta na manga dessas produções) e em nome da gostosura hipnótica de Bradley Cooper. Para fazer frente à não-superficialidade: o grande Liam Neeson, recém-saído do Olimpo, e Sharlto Copley, ex-habitante do Distrito 9.

Plano B (The Back-Up Plan)

Seria leviano de minha parte, simpático leitor, destronar Jennifer Lopez de sua condição de atriz. Menos ainda de esbravejar contra este filme sem antes tê-lo visto. No entanto, depois de alguns minutos observando este carismático cartaz, em busca de um motivo se quer para ver este Plano B, a conclusão, entre lágrimas: que venham mais remakes.


Cartas Para Julieta (Letters to Juliet)

Então é isso. Estamos diante de um engarrafamento de filmes açucarados. Se tanto para ver Bradley Cooper saltando de helicópteros em pleno voo, uma enxurrada de Jennifer Lopez por engravidar e de Amanda Seynfried, numa 'história de amor separada pelo tempo'. Excluindo-se o fato de que não entraram no circuito pelo menos mais cinco (inacreditavelmente) filmes com teor de aspartame acima de média permitida. Judiação. Entrementes, ávido leitor, depois da tempestade, a bonança: semana que vem teremos Kick-Ass e *respira* ToyStory 3!

Links úteis:

Veja o trailer testosterônico de Esquadrão Classe A.

Refresque a memória sobre a série de TV dos anos 80, Esquadrão Classe A.

Observe a Programação, besuntada de mel, do BoxCinemas.













   




   

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Estreias da Semana em SLZ 04/06 - 10/06

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (Prince of Persia: : The Sands of Time):

Elenco muito bacana nessa adaptação do clássico game trifásico (!) sobre o príncipe guerreiro, aqui interpretado por Jake Gyllenhaal - que ficou muito estranho com essa cabeleira. Apesar dos trailers empolgantes e da direção de Mike Newell (de HP e o Cálice) melhor não exagerar nas expectativas.
Marmaduke (Marmaduke):

O protagonista deste filme é um Dogue Alemão (Orwen Wilson), caro leitor. Esta informação descarta todas as demais, uma vez que 1) Cães são ótimos companheiros, mas péssimos protagonistas – salvo raras exceções 2) Embora Marmaduke seja célebre no mundo dos quadrinhos, a vaga de Dogue Alemão já está ocupada há anos por Scooby-Doo. O engraçado é que o filme se passa em Orange County, na Califórnia e a legendária música de Phantom Planet, da abertura de The O.C., está na trilha. Além do PieMaker, Lee Pace, de Pushing Daisies.
Trailer - Marmaduke

O Golpista do Ano (I Love You Phillip Morris):

As distribuidoras erram feio quase sempre, mas com esse O Golpista do Ano, temos um record, senhoras e senhores. Muita vergonha alheia concentrada num só cartaz e num só título em pt. É assim: ‘Um criminoso, casado e com filhos (Jim Carrey), se apaixona por um colega de cela (McGregor) e tenta fugir da prisão das formas mais bizarras depois que seu grande amor termina de cumprir a pena'. Mais uma vez, só a distribuição nacional liga pra existência de Rodrigo Santoro no cast. =~
Trailer - O Golpista do Ano

Poeira em Alto Mar (ou filmes que não entraram em nosso circuito capenga):

Nessa semana, duas não-estreias previsíveis: Ao Sul da Fronteira (South of the Border, 2009), um documentário de Oliver Stone, que visitou 5 países da América Latina, conversando com seus líderes (Lula, inclusive). E não veremos na telona também Dzi Croquettes (Dzi Croquettes, 2009), vencedor do prêmio de Melhor Documentário (Júri e Público) do Festival do Rio 2009, narra a trajetória de um grupo teatral ícone da contracultura nos anos 70: finíssimos.




Links úteis:
Programação do BoxCinemasSLZ
Ficha Técnica de 'Ao Sul da Fronteira'
Ficha Técnica de 'Dzi Croquettes'